Estado de São Paulo decreta emergência em saúde para dengue
Saiba como se proteger
Na última terça-feira (5), o governo do estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde, decretou estado de emergência em saúde pública devido à dengue. A decisão foi tomada com base na recomendação do Centro de Operações de Emergências (COE), uma vez que o estado alcançou 300 casos confirmados de dengue por 100 mil habitantes em 4 de março. Até o momento, a doença foi registrada em 131 dos 645 municípios paulistas, resultando em 31 mortes.
Com essa medida, São Paulo se junta a outros sete estados brasileiros que também declararam emergência de saúde devido à dengue: Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amapá e Distrito Federal. Essa ação possibilita a obtenção de recursos adicionais do governo federal e acelera a implementação de medidas para o estado e seus municípios.
Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, destacou durante uma reunião do COE que o monitoramento realizado pelo estado desde o ano passado indicava um aumento significativo nos casos, permitindo antecipar os registros em aproximadamente dois meses. Esse trabalho preventivo possibilitou a implementação de diversas ações, evitando cenários mais críticos semelhantes aos enfrentados por estados vizinhos.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que os recursos serão direcionados principalmente para a aquisição de máquinas de nebulização e insumos, contratação de pessoal e expansão da capacidade da rede de saúde.
No início deste ano, o Ministério da Saúde incluiu a vacina Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda, no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Contudo, devido à quantidade limitada de doses, aproximadamente 6 milhões, e à necessidade de administração em duas etapas, o governo federal optou por direcionar a vacinação para um público específico: crianças com idades entre 10 e 14 anos em municípios onde a dengue é considerada endêmica.
Como se proteger da dengue?
Uma das estratégias mais eficazes para enfrentar a doença consiste nas ações de controle do vetor, visando impedir a reprodução do Aedes aegypti. Além das intervenções de saúde pública, a participação ativa da população desempenha um papel crucial nesse contexto, incluindo a instalação de telas em janelas e o uso de repelentes em áreas de risco. A remoção de recipientes que possam servir como criadouros do mosquito é outra medida efetiva, abrangendo a eliminação de locais de água parada, como caixas d’água, reservatórios, desobstrução de calhas, lajes e ralos.