5,6 milhões de unidades: Saúde distribui novo medicamento para pacientes com HIV ou aids

Combinação de antirretrovirais, que deve ser indicada de forma gradual, permite migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um

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O Ministério da Saúde concluiu a distribuição das primeiras unidades de uma combinação inédita de dois medicamentos eficazes para pacientes com HIV ou aids: os antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg. Ao todo, foram distribuídas aos estados e ao Distrito Federal 5,6 milhões de unidades do medicamento.

Anteriormente, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária.

Neste momento, no entanto, devido à atual disponibilidade do medicamento, a transição do uso da terapia com dois comprimidos para apenas um deve ocorrer de maneira gradual e contínua, obedecendo aos seguintes critérios: idade igual ou superior a 50 anos, adesão regular, carga viral menor que 50 cópias no último exame e ter iniciado a terapia dupla até 30/11/2023.

Monica Meira, conselheira federal de Farmácia por Alagoas, destaca a importância de novos medicamentos e tecnologias para facilitar o tratamento do HIV. “A combinação dos antirretrovirais Dolutegravir e Lamivudina em um único comprimido diário representa um avanço significativo nos tratamentos disponíveis, simplificando a rotina dos pacientes. A possibilidade de tomar apenas um comprimido por dia não apenas facilita a adesão ao tratamento, mas também contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas pelo HIV”.

“Espero que essa iniciativa não apenas simplifique o tratamento, mas também contribua para reduzir as barreiras no acesso aos medicamentos, assegurando que um maior número de pessoas tenha a oportunidade de viver com qualidade e dignidade, independentemente de sua condição de saúde. Este é um passo significativo rumo a uma saúde mais inclusiva e acessível para todos”, ressalta a conselheira.