Rituximabe é incorporado ao SUS para pacientes com vasculite e leucemia linfocítica crônica

A decisão foi tomada durante a 120ª Reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), após um período de consulta pública.

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Em mais um passo significativo para a expansão dos serviços de saúde no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) anuncia a incorporação do medicamento rituximabe para pacientes com vasculite e leucemia linfocítica crônica. A decisão foi tomada durante a 120ª Reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), após um período de consulta pública.

O rituximabe, que já integra a lista de tratamentos disponíveis na rede pública para condições como artrite reumatoide e linfomas não-Hodgkin, recebe agora uma ampliação de suas indicações. No campo da vasculite, o medicamento mostra-se promissor como terapia de indução de remissão para pacientes recentemente diagnosticados e para casos de recidiva das vasculites associadas aos anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos (VAA). Esses casos, classificados como granulomatose com poliangeíte (GPA) ou poliangeíte microscópica (MPA), quando ativos e graves, podem agora ser tratados com rituximabe. A recomendação favorável à incorporação inclui todas as situações de recidiva da doença, oferecendo uma nova esperança aos pacientes que enfrentam essas condições complexas. Além disso, pacientes em idade fértil que são diagnosticados recentemente também serão contemplados com o tratamento.

No cenário da leucemia linfocítica crônica, a tecnologia se une à quimioterapia com fludarabina e ciclofosfamida (FCR) como opção de tratamento de primeira linha. A decisão foi embasada em um relatório de recomendação elaborado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), que busca expandir a utilização do rituximabe em combinação com fludarabina e ciclofosfamida, visando melhores resultados no tratamento dessa forma de leucemia.

Walter Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), afirma que a incorporação do rituximabe para tratamento de vasculite e leucemia linfocítica crônica reforça o compromisso do SUS em oferecer tratamentos inovadores e eficazes, buscando melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes. “A decisão reflete um processo de análise criteriosa e consulta pública, garantindo que as evidências científicas e as necessidades clínicas sejam devidamente consideradas”, destaca.