Apresentadora da Globo revela vício em medicamento para emagrecer e detalha os efeitos negativos

CFF alerta que o vício em medicamentos para emagrecer, como as anfetaminas, pode causar diversos riscos à saúde

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Maria Cândida, apresentadora da Globo, compartilhou em suas redes sociais um relato forte sobre seu passado de dependência de remédios para emagrecer. Aos 51 anos, ela publicou fotos antigas de si mesma de biquíni, da época em que usava anfetaminas, e fez um alerta aos seus seguidores sobre os perigos desse tipo de substância.

"Já fui viciada em remédio para emagrecer. Sim, já disse aqui. E hoje o #tbt é de um momento que eu estava me sentindo linda, dizia que 'alimentação saudável e exercício físico' me levaram para esse corpo magro que nos era imposto. Na verdade, era remédio para emagrecer, as anfetaminas", começou Maria Cândida.

Ao relembrar sua adolescência, Maria Cândida contou que, nos primeiros testes para se tornar modelo, sempre ouvia que precisava perder 10kg. Essa frase se tornou uma obsessão em sua mente e a levou a comer compulsivamente. Desesperada, ela buscou diversas "fórmulas mágicas" que prometiam resolver seu "problema" rapidamente, mas acabou se tornando dependente de remédios para emagrecer. Isso a levou a ter compulsão alimentar, afetou seu estado de ânimo, causou insônia e aceleração cardíaca, e até a fez desmaiar. Ela também perdeu massa muscular, vitaminas e minerais importantes, além de sofrer com o efeito rebote. Apesar de ter força de vontade, seu corpo pedia cada vez mais anfetaminas, o que a fez se sentir péssima consigo mesma.

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) alerta que o uso indiscriminado dos medicamentos para emagrecer, como as anfetaminas, pode causar diversos riscos à saúde, incluindo:

  1. Dependência: O uso prolongado desses medicamentos pode levar à dependência, fazendo com que o indivíduo sinta a necessidade de continuar usando.
  2. Problemas cardiovasculares: O uso desses medicamentos podeacelerar a frequência cardíaca,aumentar a pressão arterial e provocar um aumento do risco de eventos cardiovasculares.
  3. Transtornos psiquiátricos: O uso desses medicamentos também pode induzir transtornospsiquiátricos como ansiedade e insônia.
  4. Problemas nutricionais: O uso desses medicamentos pode interferir na absorção de nutrientes importantes, como vitaminas e minerais, e levar a deficiências nutricionais.
  5. Danos ao fígado: Alguns medicamentos para emagrecer podem causar danos ao fígado, especialmente se usados em doses elevadas ou por um longo período de tempo.

Por esses motivos, é importante que as pessoas busquem formas saudáveis de emagrecer, com práticas alimentares saudáveis e atividades físicas regulares, em vez de recorrer à utilização de medicamentos sem prescrição e orientação.

O farmacêutico desempenha um papel fundamental no combate ao uso indiscriminado de medicamentos, incluindo aqueles utilizados para emagrecer. O farmacêutico pode orientar o paciente sobre o uso correto dos medicamentos e seus efeitos colaterais. Além disso, pode atuar na identificação de possíveis sinais de alerta e fazer o encaminhamento a outro profissional ou serviços de saúde caso necessário.