Brasil intensifica esforços para combater a sífilis; Saúde projeta eliminar a doença até 2030
Coordenadora de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Pâmela Gaspar, explica, em entrevista, importância da prevenção e testagem, com foco na sífilis congênita
Em entrevista ao Podcast Papo Saúde, Pâmela Gaspar, coordenadora-geral de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), destacou os esforços do Brasil para combater a sífilis, com especial atenção à sífilis congênita. Segundo Pâmela, o uso de preservativos e a testagem durante o pré-natal são cruciais para evitar a transmissão da doença, que pode causar complicações graves para o bebê, além de aborto ou morte neonatal.
“A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, e sua prevenção é possível por meio do uso de preservativos e da testagem periódica, especialmente em populações mais vulneráveis”, explicou. A transmissão pode ocorrer de forma sexual ou vertical, quando a mãe infectada transmite a doença para o bebê durante a gestação ou no parto.
Em outubro, durante o Mês de Combate à Sífilis, o Ministério da Saúde promove diversas ações, com campanhas de conscientização e mobilização. Pâmela ressalta a importância do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, comemorado no terceiro sábado de outubro, como uma oportunidade de discutir o tema e reforçar as ações de prevenção.
O ministério está comprometido em eliminar a sífilis congênita até 2030, e, para isso, lançou a certificação de municípios e estados que alcançam boas práticas de combate à doença. “Hoje, já temos 48 municípios certificados, e esperamos que esse número cresça até o final do ano. O engajamento de todos, desde a sociedade civil até as autoridades locais, é fundamental para atingirmos a meta”, concluiu Pâmela.
As estratégias incluem o fortalecimento do programa Brasil Saudável, que visa eliminar doenças socialmente determinadas, como a sífilis congênita, até 2030.