HIV: medicamento único chega ao SUS no final do ano e deve facilitar a aderência ao tratamento

A ANVISA autorizou o registro de Dovato, um medicamento de regime completo composto por duas medicações (Dolutegravir 50 mg e Lamivudina 300 mg) em dose única diária

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Um comprimido por dia ao invés de dois. Pessoas que vivem com o vírus HIV (imunodeficiência humana) têm, agora, um medicamento único, que promete facilitar a vida dos usuários. O tratamento combina dois antirretrovirais, sendo ambos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - a Lamivudina e o Dolutegravir. 

Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a previsão é de que Dovato chegue ao Brasil no fim deste ano; no momento, está em fase final de licitação e distribuição. 

Com o uso da associação medicamentosa, é possível minimizar a não-aderência, já que reduz o uso de múltiplos medicamentos em várias doses diárias. Além de simplificar o esquema terapêutico, o medicamento favorece o cuidado contínuo ao longo de toda a vida e mantém a carga viral controlada.

Atualmente, uma equipe formada por especialistas na área, ligada ao Ministério da Saúde, e dividida em comitês, propôs a introdução dessa medicação única, pensando em vários benefícios: na melhoria da adesão dos pacientes, na redução de pacientes que abandonam o tratamento e no controle de doenças oportunistas, entre as quais a tuberculose. 

Gustavo Pires, conselheiro federal de Farmácia pelo Paraná e secretário-geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF), ressalta que “à medida que avançamos nesta era de inovação, é imperativo que estejamos alinhados com as melhores práticas e atualizações tecnológicas para atender às necessidades em constante evolução da nossa comunidade. O CFF está comprometido em apoiar a capacitação dos farmacêuticos nesse sentido e em garantir que as novas tecnologias sejam utilizadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas pelo HIV”, ressaltou o diretor.