Farmacêutico pesquisador representa o Brasil em congresso internacional

Dez trabalhos científicos foram levados ao congresso da Federação Internacional de Diabetes, em Bangkok

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O farmacêutico Dr. Lysandro P. Borges, professor e pesquisador da Universidade Federal de Sergipe (UFS), levou dez trabalhos científicos sobre diabetes para serem apresentados em um dos maiores eventos internacionais de diabetes e saúde pública do mundo. O congresso internacional da Federação Internacional de Diabetes (FID) ocorreu em Bangkok, na Tailândia, de 6 a 12 de abril. A atuação do profissional foi reconhecida entre pesquisadores de diversos países, fortalecendo parcerias internacionais e promovendo o intercâmbio de conhecimento científico. 

Os dez trabalhos científicos brasileiros serão publicados na revista indexada internacional Diabetes Research and Clinical Practice, da Federação Internacional de Diabetes, e foram desenvolvidos pela equipe de orientandos do professor Dr. Lysandro, no laboratório coordenado por ele. Os trabalhos se destacaram por temas como a prevenção e o controle do diabetes por meio do point of care, da hemoglobina glicada e das análises de glicemia capilar casual (medida da glicose no sangue feita sem jejum) e no consultório farmacêutico. 

Ele relatou que a troca de experiências levou a verificar que o desafio brasileiro no controle e na prevenção do diabetes é também um problema global e que, assim como no Brasil, em outros países, o farmacêutico também é protagonista desse cuidado. “Não basta termos a tecnologia se a pessoa com diabetes não quiser aderir a ela. O acompanhamento farmacêutico é fundamental para a adesão do paciente ao tratamento”, disse Lysandro.

“Vimos, então, a importância do farmacêutico no contexto global, já que em muitos outros países, os farmacêuticos também têm um papel muito importante na prevenção, no controle e no acompanhamento da pessoa que vive com a doença”, ressaltou o Dr Lysandro, ao avaliar que embora, no Brasil, haja 20 milhões de pessoas com diabetes, quase 48% desta população não sabe que tem a doença, porque não consultam um médico, não fazem o rastreamento e nem a triagem. 

“Por isso a importância das farmácias, drogarias e ambulatórios nos quais o farmacêutico faz esse rastreamento. Levamos essa ideia às reuniões de diferentes comissões e a ideia foi bem acolhida, sendo que a triagem é necessária para se identificar casos precoces da doença e encaminhados para que possam ser diagnosticados pelo médico, tratados e acompanhados com a ajuda de um farmacêutico”, explicou Lysandro. 

Para a conselheira federal de Farmácia por Sergipe, Fátima Aragão, essa participação reforça o protagonismo da Farmácia brasileira no cenário científico global e demonstra o impacto da pesquisa universitária na transformação da saúde pública. “Gostaria de parabenizar o professor Lysandro e dizer que ele continue essa trajetória dignificante. Esta conquista é motivo de orgulho para o Conselho Federal de Farmácia e para todos os farmacêuticos do Brasil”, parabenizou Fátima. 

Ainda de acordo com o pesquisador, outros temas tratados foram: cuidado farmacêutico; cuidado e assistência à pessoa com diabetes; cuidado e assistência à pessoa com diabetes no sistema prisional; consultório farmacêutico na área de diabetes; tecnologias na área de diabetes; sistema de monitoramento contínuo de glicose; e análise do pé da pessoa com diabetes.