Vítima de feminicídio, farmacêutica morre após ser empurrada do 7º andar
CFF lançou, no Dia Internacional da Mulher, campanha sobre a violência contra a mulher
A farmacêutica Gabriela Alves Grecco, de 34 anos, natural de Uruguaiana (RS), foi encontrada morta no pátio do prédio onde vivia, à Rua Enedina d’Ávila Ferreira, próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cordeiros, em Itajaí (SC). O delegado Eduardo Ferraz, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), conta que o crime ocorreu entre 6h e 7h30 da manhã de terça-feira (14/03). A hipótese de suicídio já foi descartada e o crime está sendo tratado como feminicídio.
Esse é o segundo crime e feminicídio contra farmacêuticas noticiado pela imprensa neste mês de março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Marcelle Christine de Bulhões foi morta em Alagoas, no dia 8/03. O acusado é o ex-marido. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) repudia todas as formas de violência contra a mulher e está em campanha para combater esse tipo de crime.
“A categoria farmacêutica é 70% feminina. Não podemos fechar os olhos para esse problema”, alerta a conselheira federal de Farmácia pelo estado de Santa Catarina, Hortência Tierling. “Uma das estratégias da campanha é o fomento às denúncias, por meio dos canais oficiais e contamos com a participação de todos” acrescenta Otto Luiz Quintino Júnior (SC), conselheiro federal de Farmácia suplente, manifestando sua solidariedade à família e aos amigos de Gabriela Grecco. Para saber mais sobre a campanha e os canais de denúncia, acesse https://bit.ly/3lggMi8.
Segundo apurou a polícia, ela foi empurrada do sétimo andar, por um homem que chegou com ela no prédio na noite anterior e que seria seu namorado. Os vizinhos contam que, antes de ser empurrada da sacada, Gabriela discutiu com o homem. “Ela mandou ele embora do apartamento e fechou a porta. Ele não quis ir, arrombou a porta e a jogou pela sacada”, narrou uma vizinha.
A vizinhança contou que o homem, após empurrar a moça da sacada, fugiu do sétimo andar, pulando da sacada, usando os suportes dos aparelhos de ar-condicionado dos vizinhos como apoio. Ele ainda pulou um muro com uma cerca elétrica. A vítima foi levada até a UPA, mas já chegou sem vida na unidade de saúde. Gabriela morava sozinha em Itajaí e que toda a sua família é de Uruguaiana.
Segundo a Polícia Militar, não há qualquer boletim de ocorrência de violência doméstica registrado em nome da vítima em Santa Catarina. O acusado não havia sido localizado até o fechamento do jornal que noticiou os fatos.