Farmacêuticos ganham protagonismo em meio à crise dos sistemas de saúde europeus

Relatório STADA 2025 mostra que profissionais das farmácias mantêm a confiança da população, mesmo diante da insatisfação com a equidade e o acesso aos cuidados médicos na Europa

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Apesar da crescente pressão sobre os sistemas públicos de saúde na Europa, os farmacêuticos emergem como figuras de proximidade e confiança para milhões de cidadãos. É o que revela o STADA Health Report 2025, uma pesquisa realizada com mais de 20 mil pessoas em 22 países, que indica que apenas 58% dos europeus estão satisfeitos com os serviços de saúde em seus países, e apenas 51% os consideram justos — especialmente entre pessoas em situação financeira precária ou com problemas de saúde mental.

Neste cenário de fragilidades, os farmacêuticos mantêm-se como profissionais essenciais: 58% dos europeus afirmam confiar neles para o acompanhamento de questões de saúde, atrás apenas dos médicos de clínica geral (69%). As farmácias comunitárias são procuradas principalmente para tratar sintomas leves, como dores de cabeça ou náuseas, e 40% dos entrevistados dizem valorizar o aconselhamento presencial. Em Portugal, esse índice chega a 48%, e 41% dos portugueses relatam frequentar farmácias justamente pela confiança no profissional.

O estudo também chama atenção para a desigualdade no acesso à prevenção e aos avanços digitais na saúde. Enquanto tecnologias como a inteligência artificial ainda não despertam a mesma confiança — apenas 15% dos europeus se dizem confortáveis em usá-las para questões médicas —, a presença física e o vínculo humano nas farmácias seguem como diferencial. Em meio à digitalização, à compra online e aos obstáculos financeiros para manter hábitos saudáveis, as farmácias se consolidam como espaços de cuidado acessíveis e confiáveis, sobretudo em países como Portugal, onde os custos ainda são barreira para 39% da população.

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