Política Nacional de Diagnóstico Laboratorial (PNDL) é apresentada em Brasília
A proposta da PNDL busca integrar as ações de diagnóstico laboratorial ao processo de Atenção à Saúde, dentro das Linhas do Cuidado e na estruturação da Rede de Atenção à Saúde (RAS)
Representantes de diversas entidades do setor de diagnóstico laboratorial reuniram-se nesta quarta-feira (12) com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde para discutir a proposta da Política Nacional de Diagnóstico Laboratorial (PNDL). O encontro foi seguido por uma apresentação para os 14 Conselhos Federais da área da Saúde (FCFAS), realizada na sede do Conselho Federal de Farmácia (CFF), em Brasília.
O documento, elaborado por diversas entidades do setor, conta com a participação da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Conselho Federal de Farmácia (CFF), Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), Federação Brasileira de Laboratórios de Análises Clínicas (FEBRALAC), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED) e a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL).
A vice-presidente do Conselho Federal de Farmácia, Lenira Costa, destacou a relevância da iniciativa. "A implantação de uma Política Nacional de Diagnóstico Laboratorial é fundamental para estruturar o setor e garantir um acesso equitativo e qualificado aos serviços de diagnóstico. O diagnóstico laboratorial é responsável por cerca de 70% das decisões médicas, sendo uma peça-chave na prevenção e tratamento de doenças. No entanto, ainda enfrentamos desafios significativos em termos de reconhecimento e integração desses serviços ao Sistema Único de Saúde", afirmou.
A reunião também contou com a participação de importantes nomes da área, como Dra. Maria Elizabeth Menezes (SBAC), Dr. Wilson Shcolnik (SBPC/ML), Dr. Armando Monteiro (ABRAMED), Dr. Carlos Filipe Garcia (FEBRALAC), Dr. Pedro Almeida e Dr. Paulo Boff (SBAC), que reforçaram a necessidade de políticas públicas eficazes para consolidar a segurança dos pacientes e a qualidade dos serviços diagnósticos no Brasil.
A proposta da PNDL busca integrar as ações de diagnóstico laboratorial ao processo de Atenção à Saúde, dentro das Linhas do Cuidado e na estruturação da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Entre os principais objetivos estão a inclusão das análises clínicas, toxicológicas e ambientais como elementos essenciais na promoção da saúde pública, garantindo acesso adequado à população.
"A reorganização e a expansão da rede de assistência ao diagnóstico são estratégicas para orientar a incorporação de tecnologias, definir custos e assegurar a qualidade dos serviços prestados. O fortalecimento dessa política beneficiará diretamente os pacientes, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso, essencial para a efetividade dos tratamentos", complementou Lenira Costa.
O documento apresentado é um chamado para a união de esforços no sentido de consolidar uma política abrangente e eficaz para o diagnóstico laboratorial no país. As entidades envolvidas seguirão em diálogo com as autoridades competentes para garantir a implementação das diretrizes propostas, fortalecendo o papel do diagnóstico laboratorial na atenção à saúde no Brasil.