Medo e desinformação ameaçam vacinação no Brasil, revela estudo
Pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da a Universidade Santo Amaro (Unisa) aponta desafios para aumentar adesão às vacinas
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) marcou presença no lançamento do "Estudo sobre Consciência Vacinal no Brasil" (leia a íntegra da pesquisa aqui), realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em parceria com a Universidade Santo Amaro (Unisa) no dia 5 de junho. A pesquisa revela que o medo e a desinformação são os principais obstáculos para a adesão às vacinas no país, colocando em risco a saúde pública.
O estudo revela que 21% dos brasileiros consideram alto o risco de reações adversas às vacinas e 27% já sentiram medo de se vacinar ou de levar seus filhos para se vacinar. Além disso, 1 em cada 5 pessoas que se informam sobre saúde em redes sociais e WhatsApp já decidiu não se vacinar ou levar seus filhos para se vacinar após ler notícias negativas nessas plataformas.
Apesar dos receios, a pesquisa também mostra que 72% dos entrevistados confiam ou confiam muito nas vacinas, 90% consideram as vacinas importantes ou muito importantes para a saúde individual, familiar e da comunidade, 74% acham que pais e responsáveis devem ser obrigados a levar seus filhos para se vacinar de acordo com o calendário vacinal do Ministério da Saúde e 81% acreditam que as pessoas devem continuar tomando vacinas contra doenças erradicadas para evitar que elas reapareçam.
O CFF, como participante ativo do Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, reforça a importância da vacinação para a saúde individual e coletiva. "As vacinas são seguras, eficazes e previnem doenças graves que podem levar à morte", enfatiza o presidente do CFF, Walter Jorge João.
O estudo também destaca a necessidade de combater a desinformação e o medo em relação às vacinas. Nesse sentido, o CFF atua em diversas frentes para promover a educação em saúde e conscientizar a população sobre a importância da imunização, como através do curso "Serviço de Vacinação por Farmacêuticos", que já capacitou mais de 3 mil profissionais em todo o Brasil. ”Nosso intuito é contribuir, de forma significativa, para o aumento do número de farmacêuticos vacinadores no país e, assim, ampliar a cobertura vacinal em todo o País”, destaca presidente do CFF.
O curso Serviço de Vacinação por Farmacêuticos é oferecido em duas opções, ambas com inscrições abertas por meio da plataforma edufarma.cff.org.br:
- Opção 1: destinada a estudantes de Farmácia e profissionais, com 60 horas de aulas teóricas virtuais.
- Opção 2: voltada para farmacêuticos inscritos nos Conselhos Regionais de Farmácia, com 80 horas de duração, sendo 60 a distância e 20 presenciais, com teor de habilitação.