Irmã Dulce, “Mãe dos Pobres”, santa e oficial de Farmácia

Em comemoração ao Dia Nacional do Farmacêutico, o CFF relembra a história dessa personalidade que marcou a história da profissão no Brasil

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Uma das mais importantes, influentes e notórias ativistas humanitárias do século XX, a freira brasileira Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, era também Oficial de Farmácia. Ela obteve o certificado em 1941 da Secretaria de Educação e Saúde do Estado da Bahia, 19 anos antes da publicação da Lei nº 3820/1960, que criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia. Em comemoração ao Dia Nacional do Farmacêutico, 20 de janeiro, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) relembra a história desta personalidade marcante da história da profissão no Brasil.


Nascida em 26 de maio de 1914, Irmã Dulce é a primeira mulher genuinamente brasileira se tornar santa e a 37ª personalidade do nosso país canonizada pela Igreja Católica. A canonização ocorreu em 13 de outubro de 2019, pelo Papa Francisco após um longo processo que começou em 2000, quando ela recebeu do então Papa João Paulo II o título de “Serva de Deus”. Em outubro de 2010, o Vaticano confirmou um milagre atribuído à religiosa baiana, beatificada pelo Papa Bento XVII em 10 de dezembro de 2010.


Devotada aos pobres e doentes, desde a infância, Irmã Dulce atuou como oficial de Farmácia em paralelo aos múltiplos papeis que desempenhou na assistência aos desvalidos: enfermeira, “Mãe dos Pobres”, consoladora dos aflitos e administradora. O trabalho de assistência à comunidade carente começou quando ela completou 21 anos. Uma de suas maiores contribuições na área da saúde foi a construção de um dos maiores hospitais da Bahia a partir de um simples galinheiro. Hoje, as Obras Sociais Irmã Dulce realizam 3,5 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).


Por sua dedicação aos pobres e doentes, ela foi indicada ao  Prêmio Nobel da Paz. Falecida em 13 de março de 1992, aos 77 anos, de causas naturais, há 12 anos, Irmã Dulce recebeu do CFF a Ordem do Mérito Farmacêutico Internacional, a mais alta homenagem da entidade. Na ocasião, também lhe foi entregue (in memoriam) a Comenda do Mérito Farmacêutico. A então superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, recebeu a homenagem póstuma.