Senado homenageia centenário da Academia de Ciências Farmacêuticas

Sessão especial destaca a contribuição de farmacêuticos para a ciência e a saúde pública

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Em sessão especial realizada no Senado Federal, parlamentares celebraram os 100 anos da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil (ACFB). Criada em 1924 no Rio de Janeiro, a ACFB é hoje uma das sociedades científicas mais antigas do país. A entidade reúne cerca de 120 membros titulares – todos especialistas que atuam como consultores em iniciativas nacionais e internacionais voltadas às ciências farmacêuticas. Ao longo do século, a Academia destacou-se pela formação de profissionais de excelência, pela promoção de pesquisas e pelo fortalecimento da saúde pública.

O senador Eduardo Gomes (PL-TO), autor da homenagem, ressaltou o legado histórico da ACFB e elogiou o papel dos farmacêuticos. Para ele, a Academia “tem sido guardiã do conhecimento, formadora de profissionais de excelência e defensora incansável da saúde pública e do valor da ciência”. Gomes lembrou ainda que muitos dos avanços atuais “têm raízes diretas na influência da academia”. Segundo o parlamentar, nos próximos cem anos a ciência farmacêutica deverá oferecer respostas éticas a desafios globais – como pandemias, resistência antimicrobiana e sustentabilidade ambiental – e a ACFB tem “a missão renovada de continuar a formar profissionais conscientes e fortalecer a pesquisa nacional”.

Outros integrantes da Academia também discursaram, reafirmando a importância dos farmacêuticos na saúde pública. O presidente emérito Lauro Moretto agradeceu a homenagem e celebrou a força renovada da Academia, que hoje está “jubilante, forte e ativa” após enfrentar períodos difíceis. Michel Kfouri, também presidente emérito da entidade, enfatizou que a indústria farmacêutica brasileira ainda depende de insumos importados e clamou por um projeto de longo prazo para garantir “independência produtiva” no setor. Em seguida, a 1ª vice-presidenta da ACFB, farmacêutica Nilce Cardoso Barbosa, ressaltou a missão da Academia de aproximar ciência e humanidade. Nilce afirmou que o reconhecimento do Senado incentiva a “construir pontes entre o conhecimento científico e as necessidades sociais”, reforçando o papel humano dos pesquisadores.

O acadêmico Tarcísio José Palhano representou o Conselho Federal de Farmácia na solenidade em homenagem aos 100 anos da ACFB. Membro titular da cadeira 54, dedicada ao patrono Joaquim de Almeida Pinto, Palhano integra a seção de Ciências Naturais da instituição. Sua cadeira tem como antecessor o fundador Jayme Pecegueiro Gomes da Cruz, símbolo da tradição e do compromisso da academia com o avanço científico. Durante o evento, sua presença reforçou o vínculo entre a ACFB e o Conselho Federal de Farmácia, destacando o papel essencial dos farmacêuticos na promoção da saúde e no desenvolvimento científico do país.

Ao final da sessão, o senador Eduardo Gomes entregou placa comemorativa ao presidente emérito Lauro Moretto e flores a Nilce Barbosa, homenageando as mulheres cientistas do país. A cerimônia reafirmou “o compromisso com a ciência como serviço à sociedade”, em um momento que ressaltou a importância de valorizar os farmacêuticos e fortalecer a academia nacional. O centenário da ACFB, assim, serve de inspiração para que novos profissionais continuem contribuindo para a pesquisa, a inovação e a defesa da saúde pública no Brasil.