Medicamentos para diabetes e hipertensão dominam ranking de vendas no Brasil em 2025
Glifage XR lidera em unidades comercializadas, enquanto losartana encabeça lista de genéricos, aponta IQVIA e PróGenéricos

Dados referentes ao período de janeiro a maio deste ano revelam que os tratamentos tradicionais para diabetes e hipertensão arterial ocupam as primeiras posições entre os medicamentos mais vendidos no Brasil. A consultoria IQVIA e a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos) foram as responsáveis pela coleta e consolidação dos números, obtidos pelo jornal Valor.
O destaque entre os produtos de marca vai para o Glifage XR, forma de liberação prolongada da metformina produzida pela Merck, que atingiu 131,8 milhões de unidades vendidas nos cinco primeiros meses de 2025. O desempenho reforça a importância da metformina no controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2, considerando seu perfil de eficácia e custo benefício.
No segmento de genéricos, a molécula losartana, amplamente prescrita para o controle da pressão arterial, figurou como a mais comercializada, com 56,4 milhões de caixas dispensadas até abril. O ranking da PróGenéricos também inclui outros remédios de larga prescrição para hipertensão, como enalapril, atenolol e anlodipino, além do diurético hidroclorotiazida, indicando que distúrbios cardiovasculares seguem como desafio constante para o sistema de saúde.
Top 10 genéricos mais vendidos no Brasil (até abril/2025)
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Losartana – 56.440.613 caixas
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Dipirona sódica – 35.246.314 caixas
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Hidroclorotiazida – 26.009.747 caixas
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Tadalafila – 21.742.255 caixas
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Nimesulida – 20.915.907 caixas
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Simeticona – 15.518.836 caixas
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Enalapril – 16.289.672 caixas
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Sinvastatina – 15.627.179 caixas
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Atenolol – 14.358.745 caixas
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Anlodipino – 13.765.850 caixas
Para especialistas, esses números refletem tanto a prevalência crescente de condições crônicas, como diabetes e hipertensão, na população brasileira, quanto a consolidação de moléculas consagradas, seja por meio de marcas de referência ou versões genéricas mais acessíveis. O movimento do mercado farmacêutico também sinaliza a necessidade de políticas de saúde pública que garantam a continuidade de tratamentos a custos sustentáveis para pacientes e para o sistema.