Sarampo: Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação dos profissionais de saúde
Aumento de casos na Américas levou a OPAS a emitir alerta sanitário

Em agosto deste ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta sanitário após constatar um aumento de 34 vezes no número de casos de sarampo nas Américas em comparação com o ano de 2024. Esse aumento regional, concentrado nos Estados Unidos, Canadá e México, também tem preocupado as autoridades sanitárias brasileiras.
Até agosto, 28 casos foram confirmados no Brasil, todos importados de países vizinhos. Considerando o risco de reintrodução da doença em território nacional, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), recomenda que os serviços de saúde verifiquem a situação vacinal de suas equipes, já que os profissionais e trabalhadores da área são os primeiros a ter contato com casos suspeitos de sarampo nas unidades de atendimento.
O apelo é para que as instituições de saúde mantenham os registros atualizados, promovam ações de vacinação in loco, campanhas de conscientização e capacitações sobre prevenção do sarampo. "A ausência de proteção pode comprometer a segurança dos serviços e de pacientes vulneráveis. Reforçamos também a importância da adoção de medidas não farmacológicas, como o isolamento oportuno de casos, uso de EPIs (máscaras), triagem adequada, ventilação dos ambientes e higiene das mãos", afirma comunicado enviado ao Conselho Federal de Farmácia (CFF).
Aqueles que ainda não foram vacinados devem receber duas doses da vacina, respeitando um intervalo mínimo de 30 dias. A vacina é contraindicada apenas para gestantes e pessoas com imunossupressão grave.
Também é fundamental que os profissionais de saúde notifiquem imediatamente todo indivíduo que atender a definição de caso suspeito de sarampo (febre alta e mal-estar e pelo menos mais um dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou conjuntivite e/ou coriza), para que possam ser investigados, ter suas amostras de material biológico coletadas oportunamente e que as ações de bloqueio vacinal possam ser implementadas em até 72 horas. Além disso, os contatos dos casos suspeitos devem ser monitorados por 30 dias e orientados para receber a vacina.
A medida mais eficaz para prevenir a doença e controlar surtos e epidemias é a vacinação. No Brasil, a vacina tríplice viral está disponível para pessoas de 6 meses a 59 anos em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além de evitar a contaminação com o vírus do sarampo, ela também evita caxumba e rubéola. Neste ano, o Ministério da Saúde já distribuiu mais de 13,6 milhões de doses. A cobertura vacinal da primeira dose ultrapassa 90%, e os estoques estão garantidos em todo o país.