CFF participa de reunião do Ministério da Saúde com sociedade civil para enfrentamento da dengue

A ministra Nísia Trindade coordenou a atividade, na quarta-feira, 22/01, na sede do Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses

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O desafio do controle das arboviroses tem de ser enfrentado pelo governo e a sociedade de forma conjunta. Com esta mensagem, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez a abertura de reunião híbrida na quarta-feira, 22/01, na sede do Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses, em Brasília. Participaram representantes de conselhos profissionais, da sociedade civil, sindicatos, federações e outras instituições para debater ações estratégicas e o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o país. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) foi representado pelo farmacêutico Luann Wendel Pereira de Sena, membro do Grupo de Trabalho sobre Doenças Tropicais e/ou Negligenciadas da entidade.

“Cada um de nós precisa ser um comunicador daquilo que nós discutirmos e chegarmos à conclusão nessas reuniões aqui do Centro de Operações. Isso porque há muita desinformação e muitos mitos sobre a dengue”, disse a ministra na reunião com as entidades da sociedade civil. Com mais de 93 mil casos prováveis de dengue, além de 11 mortes confirmadas e 104 em investigação apenas nas primeiras semanas de 2025, o Ministério da Saúde demonstrou preocupação especial na reunião com relação à circulação dos quatro sorotipos da doença no país.

As orientações quanto ao sorotipo 3 da dengue foram reforçadas. O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença. Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.

É fundamental intensificar as medidas de prevenção, especialmente no controle ao mosquito transmissor. Eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e instalar telas de proteção são algumas das ações recomendadas. As orientações foram fortemente reforçadas a os membros da sociedade civil e outras organizações. O Ministério da Saúde também está em campanha para estimular a busca por unidades básicas de saúde (UBS) diante de sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos. A iniciativa, segundo a pasta, é direcionada aos seguintes estados: Acre, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e ao Distrito Federal.

Luann de Sena destaca que a dengue, assim como a Zika, a Chikungunya e outras arboviroses, são um desafio de saúde pública e todas as instituições têm muito a contribuir. Ele salientou a importância dos conselhos de Farmácia realizaram o combate ao mosquito transmissor em suas sedes e seccionais, e de os farmacêuticos contribuírem fazendo o mesmo nas farmácias e em suas casas. “Além disso, temos um papel fundamental de orientar os nossos pacientes e cuidar deles, estimulando a vacinação, promovendo a informação baseada em evidências, realizando o rastreamento de casos suspeitos e encaminhando possíveis doentes aos serviços de saúde”, salienta.