Violência contra mulher é abordada por acadêmica de Farmácia em turmas de ensino fundamental

Ação realizada em município de Santa Catarina esclarece tipos de violência contra a mulher e incentiva alunos a denunciar

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A partir da campanha adotada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF)  para estimular farmacêuticos a apoiarem mulheres vítimas de violência, a acadêmica do curso de Farmácia Mirian Gabriela Belli dos Passos, se uniu à professora Karine Luz em uma ação direcionada a estudantes do ensino fundamental de uma escola pública municipal para levar esclarecimentos sobre os tipos de violência contra a mulher e oferecer orientação, caso algum estudante esteja presenciando ou tenha presenciado esse tipo de situação.

A iniciativa ocorreu no município de Lebon Régis, em Santa Catarina, e partiu de um projeto dentro do curso de Farmácia da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP). A professora e farmacêutica Karine Luz sugeriu três temas à graduanda e Mirian Gabriela criou um folder informativo com as possíveis formas de assédio e violência direcionadas às mulheres e deu origem ao projeto para ser apresentado na Escola Municipal Santa Catarina.

A futura farmacêutica acredita que o tema é de extrema relevância e precisa ser trabalhado nas escolas para que todos fiquem cientes de que existe ajuda. "É muito importante para ajudar, principalmente as meninas jovens, a sentirem-se acolhidas, conhecerem quais são os tipos de agressão, que não é somente o 'bater' ou 'apanhar' e que existem meios para denúncia", alerta Mirian. Ela ainda deixou uma caixinha de perguntas para que, anonimamente, aqueles que precisassem de ajuda pudessem se manifestar. Um vídeo com abordagem lúdica também foi apresentado, o que chamou muito a atenção dos alunos.

Karine Luz destaca que procura sempre sugerir assuntos que envolvam a comunidade, principalmente, de locais mais carentes. "Este projeto, e outros que a gente desenvolve, faz parte do Programa de Apoio à Extensão e Cultura (PAEC). Os trabalhos de extensão promovidos pela universidade têm como objetivo inserir o aluno em problemas reais da comunidade, normalmente em locais que mais necessitam, sempre em busca de oferecer algum benefício às pessoas", afirma.

Mirian é aluna da 5ª fase do curso de Farmácia e, por meio do projeto, recebe uma bolsa de ajuda de custeio dos estudos. A professora explica que acompanha os alunos na aplicação do projeto para ter a percepção da necessidade de quais problemas são mais relevantes e, dessa forma, poder sugerir novos projetos. "Faz uma diferença muito grande para os alunos participantes porque eles acabam por valorizar mais ainda a área farmacêutica, com relação à tratamento e cuidado com o paciente".

Até agora, a apresentação ocorreu em duas turmas da Escola Municipal Santa Catarina, mas a perspectiva é que, posteriormente, seja realizada nas demais turmas, abrangendo todos os alunos acima da 5º série. De acordo com a diretora da escola, Joceli Cordeiro Alonso do Prado, o trabalho foi bem aceito pelos jovens. "Houve boa interação, como o tema é bem complexo, foi feita uma linguagem de acordo com a faixa etária das crianças". A diretora incentivou e acolheu a campanha, relatando a necessidade de projetos como este na escola.

Veja o folder elaborado pela estudante de Farmácia Mirian Gabriela Belli dos Passos para ser distribuído aos estudantes de ensino fundamental.