Ministro da saúde afirma que o SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster

Iniciativa busca proteger idosos e pessoas com baixa imunidade, atualmente dependentes da rede privada para imunização

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Em reunião realizada na terça-feira (22), a deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO) apresentou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, uma proposta para incorporar a vacina contra o herpes-zóster ao calendário do Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro respondeu com apoio à iniciativa, classificando a medida como prioritária para a pasta.

Durante o encontro, Padilha reforçou o compromisso do governo em viabilizar o imunizante na rede pública. “Temos a incorporação dessa vacina como uma de nossas prioridades. Podemos avançar com campanhas amplas para garantir acesso àqueles que precisam. O SUS está trabalhando para isso”, declarou. A afirmação ocorreu após a defesa da parlamentar, que destacou a importância de prevenir a doença, conhecida por causar complicações graves, especialmente em idosos e pessoas com imunidade reduzida.

Adriana Accorsi, que atua na Comissão de Saúde da Câmara, argumentou que a inclusão da vacina reduziria custos hospitalares e melhoraria a qualidade de vida da população vulnerável. Atualmente, o imunizante está disponível apenas na rede privada, com preços elevados.

Doença associada à reativação do vírus da catapora
A herpes-zóster é causada pelo mesmo vírus da catapora (varicela-zóster), que pode “reativar” anos depois da infecção inicial, principalmente em idosos ou pessoas com imunidade comprometida. A enfermidade provoca erupções dolorosas na pele e, em casos graves, pode levar a complicações como neuralgia pós-herpética.

Processo envolve análise técnica e logística
A incorporação da vacina está sob avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que analisa custos, benefícios e viabilidade de distribuição. O ministro Alexandre Padilha reforçou o compromisso com a medida durante reunião com a deputada Adriana Accorsi (PT-GO), que relatou sua experiência pessoal com a doença: ela ficou internada cinco dias em março.

Próximas etapas incluem pactuação entre governos
Além do aval técnico-científico, a inclusão da vacina exige acordo entre União, estados e municípios para definir orçamento e estratégias de campanhas de vacinação. O ministério destacou que a prioridade é garantir acesso a grupos de risco, como pessoas acima de 50 anos e pacientes com condições crônicas.

Enquanto o processo segue, a pasta orienta a população a manter a carteira de vacinação em dia e buscar orientação médica em caso de sintomas, como lesões cutâneas acompanhadas de dor intensa.