Cantora revela ter feito uso de medicamento controlado sem prescrição para entrar em reality

Automedicação é coisa séria

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Em entrevista ao programa TV Fama, da RedeTV!, a cantora Pocah revelou ter se automedicado antes de entrar para o elenco do Big Brother Brasil, da TV Globo. A funkeira carioca admitiu que decidiu tomar por conta própria alguns medicamentos controlados. 

“Antes de entrar (para o BBB), eu estava tão ansiosa que eu tomei alguns medicamentos para depressão e ansiedade sem acompanhamento, por conta própria, sem desmame. Acho que tudo isso ocasionou para que eu tivesse tantas crises de pânico lá dentro”, disse Pocah. 

A funkeira ressaltou o seu arrependimento e deixou o seu recado contra a automedicação: “procurem orientação e acompanhamento. Eu tomei tudo errado. A gente acha que não vai dar nada, que a gente está super bem, que somos o Superman. Só temos uma vida e precisamos nos cuidar”, concluiu a cantora.

Uso racional de medicamentos

É preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos. Todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto. Essa avaliação é realizada a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença.

Para se ter uma ideia da dimensão e da gravidade do problema, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, calcula que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.  

Dados da Anvisa mostram que 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem ser atribuídas à automedicação. Alguns dos problemas mais comuns são intoxicação, reação alérgica, resistência no organismo, dependência, efeitos indesejados, dentre outros.

Nesse contexto, a importância do farmacêutico fica ainda mais evidente. Para especialistas, o melhor a ser feito para conscientizar as pessoas do perigo da automedicação é informar sobre os riscos dessa ação de forma extensiva, em todos os meios de comunicação. A OMS destaca que são os farmacêuticos os profissionais que estão na ponta do problema e que estão preparados para sanar e orientar sobre os perigos da automedicação.