Farmacêuticos do SUS podem se capacitar gratuitamente para prescrever Profilaxia PrEP e PEP

MS disponibiliza o curso Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Risco de Infecção pelo HIV: Capacitação para Profissionais de Saúde.

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No dia 16/03, os farmacêuticos e farmacêuticas que atuam na rede pública puderam voltar a prescrever PrEP e PEP, dentro da estratégia do Ministério da Saúde para o enfrentamento ao vírus HIV. Essa conquista foi articulada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) junto ao ministério, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e da Assessoria de Políticas de Inclusão, Diversidade e Equidade em Saúde. Mas como a prescrição farmacêutica de PrEP e PEP ocorre na prática? 

“Toda a organização do serviço é de responsabilidade das Coordenações Estaduais e Municipais de HIV/Aids. Se a coordenação oferece o serviço em sua rede, o passo inicial para incluir os farmacêuticos no rol de prescritores é capacitar esses profissionais” comenta a assessora de Políticas de Inclusão, Diversidade e Equidade em Saúde, Alícia Krüger, que é também coordenadora do Grupo de Trabalho LGBQTIA+ e outras Populações Vulneráveis. 

O Ministério da Saúde disponibiliza o curso Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Risco de Infecção pelo HIV: Capacitação para Profissionais de Saúde. Para se inscrever, basta o interessado acessar https://bit.ly/36tDaN0 e preencher o formulário. Já as capacitações sobre a PEP, ficam a cargo de cada estado, município, podendo ser ofertadas também pelos conselhos regionais de Farmácia. 

Para a prescrição de PrEP e PEP a exigência do CFF é que o farmacêutico, além de se capacitar, atue mediante o estabelecimento de protocolos. “Para auxiliar os serviços públicos e os profissionais interessados em aderir à estratégia, o CFF finalizou esta semana os protocolos com as diretrizes para a prescrição da PrEP e da PEP. Os documentos já entraram em diagramação e estarão disponíveis em, no máximo, um mês”, explica o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João. 

É importante destacar que a iniciativa de estruturação do serviço pode partir do próprio farmacêutico que atua no SUS. Ele pode procurar o seu gestor e propor as tratativas necessárias com a Coordenação de HIV/Aids da sua rede (municipal ou estadual). “Além de ser uma enorme contribuição da nossa categoria profissional à saúde pública, porque possibilitará a ampliação do acesso às profilaxias, a prescrição farmacêutica de PrEP e PEP é também uma ferramenta para a inserção do farmacêutico no SUS e para a sua valorização no âmbito da saúde pública. Confiamos na abertura de novos postos de trabalho com a inclusão do farmacêutico no rol dos prescritores”, comenta o presidente do CFF.