Farmacêutica no Paraná acumula quase 200 testes de dengue realizados

Na farmácia em que trabalha, em Apucarana, Alessandra Aline Rossi orienta os pacientes, faz testagem, notificação e encaminhamento dos casos suspeitos a unidades de saúde

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O Brasil já registrou 920.427 casos prováveis de dengue, desde janeiro de 2024. O país contabiliza 184 mortes confirmadas pela doença e 609 óbitos estão em investigação. Experiências de farmacêuticos dentro de farmácias comunitárias, na orientação, testagem, notificação e encaminhamento dos casos suspeitos a unidades de saúde têm ajudado a população a enfrentar essa epidemia.  

Na cidade de Apucarana (PR), a farmacêutica Alessandra Aline Rossi, de 24 anos de idade, é recordista em aplicação de testes rápidos de dengue naquele Estado. Informações do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) dão conta de que ela já realizou quase 200 atendimentos com triagem para detecção da dengue na farmácia em que trabalha. 

My alt text Alessandra Rossi explica que para realizar o teste de dengue nos pacientes da farmácia, utiliza o teste rápido de imunocromatografia ECO Dengue Duo, que faz a detecção simultânea de anticorpos IgG e IgM e antígeno da dengue (NS1) em amostra de sangue. “Com ele, podemos detectar se a pessoa está reagente para dengue”, afirma. 

 

Quando o resultado é reagente, a farmacêutica orienta os pacientes a procurarem atendimento hospitalar e, quando necessário, faz a indicação de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), para ajudar a aliviar os sintomas que geralmente são febres, dores musculares, náuseas, diarreia e coceiras. Todos os casos detectados devem ser notificados e, para isso, após repassar as orientações clínicas ao paciente, a farmacêutica emite um laudo com o resultado do exame por meio da plataforma Clinicarx, que automaticamente faz a notificação junto aos órgãos responsáveis.

Alessandra Aline Rossi se formou em Farmácia pela Universidade Unopar, em 2021, e já no ano seguinte assumiu a responsabilidade técnica (RT) da Farmácia Vale Verde. Com a habilidade de lidar com o público e a experiência acumulada, neste período, ela dá dicas de repouso e chama atenção da população para a importância de eles não se automedicarem.

Para o conselheiro federal de Farmácia pelo Paraná e secretário-geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Gustavo Pires, o aumento da procura pelos testes rápidos mostra que as farmácias têm se firmado cada vez mais como unidades de prestação de serviços de saúde para a população. “Para se ter uma ideia, dados da associação que reúne as redes, a Abrafarma, mostram que, do ano passado pra cá, foram realizados 64.840 testes de dengue, somente nas farmácias associadas”, acrescentou.