Anitta quer impedir que farmacêutica use seu nome em medicamento para verme

O caso pode estabelecer um precedente para disputas similares no Brasil

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A farmacêutica registrou a marca “Anitta” — grafia igual à adotada pela cantora — para comercializar o vermífugo “Annita” (com duas letras “n”). Agora, a empresa planeja estender o uso da marca para áreas como beleza e cuidados pessoais, algo que a artista considera uma ameaça à sua carreira e à sua marca pessoal, consolidada internacionalmente. Anitta argumenta que a proximidade fonética e visual pode causar confusão entre o público, associando inadvertidamente sua imagem a produtos fora de seu controle.

Vermífugos, ou anti-helmínticos, são medicamentos usados para tratar infecções por parasitas intestinais, como lombrigas e tênias. Eles agem paralisando ou matando os vermes, que são posteriormente eliminados pelo organismo. Muitos desses remédios bloqueiam processos vitais dos parasitas, como a absorção de nutrientes ou a transmissão nervosa, sem afetar o hospedeiro humano. O “Annita”, da farmacêutica em questão, segue esse princípio, mas o foco da polêmica está longe da farmacologia: trata-se de uma batalha por identidade e mercado.

Próximos passos
O caso, que deve ser analisado pela Justiça nos próximos meses, pode estabelecer um precedente para disputas similares no Brasil, onde a legislação de marcas permite registro por segmento de atuação. Enquanto isso, fãs e o mercado observam se a “Anitta” das paradas musicais conseguirá vencer a batalha contra a “Annita” dos vermífagos — provando que, no mundo dos negócios, até um nome pode ser um campo de guerra.