GT de Doenças Tropicais Negligenciadas prepara medidas para a atuação do farmacêutico na área
Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas
Doenças tropicais como malária, dengue, doença de Chagas, tuberculose, doença do sono (tripanossomíase humana africana, THA), leishmaniose visceral (LV), filariose linfática e esquistossomose continuam sendo algumas das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Essas enfermidades são classificadas como tropicais e negligenciadas, sendo registradas especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina. Juntas, causam entre 500 mil e 1 milhão de óbitos anualmente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas estão infectadas com uma ou mais doenças tropicais e negligenciadas, o que representa um sexto da população mundial.
Em 2020, a Assembleia Mundial da Saúde instituiu 30 de janeiro como o Dia Mundial das Doenças Tropicais e Negligenciadas e, em 2021, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) criou um Grupo de Trabalho para se debruçar sobre o tema. O coordenador do GT e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), José Luiz Fernandes Vieira, reforça a importância da atuação do farmacêutico no tratamento dessas doenças e revela que o CFF está preparando uma resolução sobre o tema. "A proposta é para normatizar a atuação do farmacêutico nas doenças tropicais e negligenciadas, desde o auxílio ao diagnóstico até o acompanhamento do tratamento".
Essa resolução será fundamental, principalmente, para definir competências, habilidades e responsabilidades clínicas e administrativas do farmacêutico nessa área. De acordo com o GT, também estão sendo preparados materiais informativos para serem compartilhados com os profissionais.
Fazem parte do GT: Érika Rodrigues Guimarães Costa (UNIFAP), Giselle Maria Rachid Viana (IEC), Gisely Cardoso de Melo (FMT-HVD), Lídio Gonçalves Lima Neto (Lacen -MA) e Luann Wendel Pereira de Sena (UNIFESSPA).