Anvisa não emitiu alerta contra a troca de fabricante de medicamentos genéricos durante tratamento
A Agência enfatiza que não existem testes atuais que comprovem qualquer prejuízo ao tratamento resultante da troca de fabricantes de genéricos
Em meio à disseminação de informações equivocadas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu, em nota ao Conselho Federal de Farmácia (CFF), que não emitiu qualquer recomendação contrária à troca de fabricante de medicamentos genéricos e similares durante tratamentos.
A agência reiterou que todos os medicamentos genéricos têm a capacidade de serem intercambiáveis com os medicamentos de referência. Isso significa que qualquer genérico disponível no mercado pode ser utilizado como substituto do produto de referência, sem quaisquer complicações para o paciente. O que não existe nos estudos e testes atuais é a comprovação que a troca de fabricantes de medicamentos genérico interfere ou não na eficácia do tratamento.
A intercambialidade entre medicamentos genéricos e de referência é confirmada por meio de testes de comparação que avaliam a equivalência entre as substâncias. Dessa forma, é garantida a qualidade e a eficácia desses medicamentos alternativos em relação aos produtos de referência.
De acordo com a Anvisa, pacientes que possuem prescrição para um medicamento de referência podem optar por utilizar esse produto ou qualquer um dos genéricos disponíveis no mercado. Da mesma forma, caso o paciente tenha a prescrição pelo nome genérico, ele tem a liberdade de conduzir seu tratamento com qualquer genérico daquela substância ou com o medicamento de referência.
Em resumo, a Anvisa destaca que os medicamentos genéricos são considerados intercambiáveis somente com seus respectivos medicamentos de referência, o que é confirmado por meio de rigorosos testes de intercambialidade. Portanto, não é permitido afirmar, através dos estudos atuais, que o paciente deva seguir estritamente o tratamento com genéricos com apenas um fabricante.