Cruz Vermelha Brasileira cria Departamento Nacional de Farmácia

Farmacêutico José Flávio Lima da Cunha, do Ceará, é nomeado coordenador

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Representação do Movimento Internacional da Cruz Vermelha, a Cruz Vermelha Brasileira acaba de instituir o seu Departamento Nacional de Farmácia. Foi nomeado para o cargo de coordenador do departamento por meio de portaria publicada este mês, o farmacêutico José Flávio Lima da Cunha, que há 26 anos ingressou como voluntário da organização. Como voluntário, ele atuou em projetos fora do Brasil e foi coordenador de Primeiros Socorros, coordenador Pedagógico e instrutor nacional de Primeiros Socorros. Posteriormente, contratado pelo Órgão Central, ocupou os cargos de coordenador Nacional de Educação e coordenador Nacional de Voluntariado. A Cruz Vermelha Brasileira foi fundada em 1908. Com sede no Rio de Janeiro, atua em todas as unidades da Federação.

Farmacêutico Generalista, formado pela Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará (Faece), José Flávio possui três especializações em Farmácia Clínica e experiência como Responsável Técnico em farmácia comunitária, farmácia magistral. Ele ainda atuou como coordenador de Projetos Humanitários de Combate a Covid-19 no Norte e Nordeste. O farmacêutico avalia que a criação do departamento numa instituição tão respeitada contribuirá para dar maior visibilidade ao trabalho dos farmacêuticos, que é tão essencial à saúde das pessoas.


Ele explica que o Departamento Nacional de Farmácia nasceu da percepção do presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Júlio Cals de Alencar, do desperdício de medicamentos por situações como o vencimento do prazo de validade. A intenção é fazer parcerias com a indústria para que estas doem medicamentos em tempo viável para que sejam repassados para a população. Outra proposta é a de produção de medicamentos pela própria cruz Vermelha Brasileira. “Trata-se de um projeto de grande importância para todo o país, pois teremos mais um olhar voltado às estratégias que contribuam para minimizar o sofrimento das pessoas”, avalia.

 


José Flávio enxerga no trabalho que irá executar uma forma de a Cruz Vermelha Brasileira estar mais próxima da população. A proposta é que a organização aproxime-se tanto das indústrias de medicamentos quanto dos gestores públicos, construindo pontes para viabilizar uma distribuição mais eficiente de medicamentos, a um custo mais baixo para os sistemas de saúde, e mesmo para o consumidor, com a garantia do acompanhamento farmacoterapêutico. “Existem populações em nosso país que enfrentam enormes dificuldades de acesso aos medicamentos”, ressalta o coordenador, que pretende iniciar seu trabalho nas regiões Norte e Nordeste.


A criação do novo departamento pela Cruz Vermelha Brasileira e a nomeação de José Flávio foram elogiadas pelo Plenário do Conselho Federal de Farmácia, durante sua última reunião, nos dias 25 e 26 de agosto, em Brasília. O porta-voz da notícia foi o conselheiro federal pelo estado do Ceará, Egberto Feitosa, conterrâneo do coordenador. “Parabenizo ao colega pelo cargo e à organização pelo reconhecimento à importância da nossa profissão em seu contexto de atuação. Não há acesso efetivo à saúde sem a contribuição do farmacêutico”, ressaltou o presidente do CFF, Walter Jorge João.