Atuação de farmacêuticos clínicos reduz gastos com medicamentos em hospital do SUS em Santa Rita/PB

Hospital Metropolitano na Paraíba economiza mais de R$ 156 mil com intervenções farmacêuticas

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O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, localizado em Santa Rita, Paraíba, destacou-se no cenário da saúde pública ao implementar o serviço de Farmácia Clínica, consolidando práticas que não apenas otimizam o uso de medicamentos, mas também geram economia significativa para a instituição. Entre setembro de 2022 e dezembro de 2023, o hospital realizou 1.073 intervenções farmacêuticas aceitas, resultando em uma economia direta de R$ 156.046,62.

O trabalho dos farmacêuticos clínicos envolveu o acompanhamento de 10.719 pacientes, com ações voltadas para ajustes de doses, substituições de medicamentos, suspensão de terapias desnecessárias e transições de via de administração. Essas intervenções priorizaram a individualização do tratamento conforme as condições clínicas de cada paciente, assegurando tanto a eficácia terapêutica quanto a segurança do uso de medicamentos.

Além da economia gerada, a atuação do serviço de Farmácia Clínica contribuiu para a redução de eventos adversos e problemas relacionados a medicamentos, como reações adversas e interações perigosas. Com isso, o serviço ampliou a qualidade do atendimento oferecido aos pacientes e reforçou a importância de práticas multidisciplinares na gestão hospitalar.

Mesmo diante de desafios como a equipe reduzida e o elevado número de pacientes, os farmacêuticos clínicos do hospital apresentaram resultados consistentes ao longo dos quatro quadrimestres avaliados. No período inicial, o foco esteve na implantação do serviço, criação de indicadores e treinamento da equipe. Nos trimestres subsequentes, houve consolidação do serviço e intervenções mais específicas, como ajustes de antimicrobianos e utilização de medicamentos com vencimento próximo.

As principais categorias de intervenções que resultaram em economia envolveram ajustes em regimes terapêuticos (38,07%), suspensão ou substituição de medicamentos (24,7%) e adequações baseadas na farmacocinética e farmacodinâmica dos pacientes (15,96%). A racionalização no uso de medicamentos de alto custo, como imunoglobulina e anfotericina B lipossomal, foi especialmente destacada no período.

Esse trabalho reflete o potencial transformador da Farmácia Clínica na saúde pública. Ao proporcionar ganhos clínicos e econômicos, o serviço reforça o papel estratégico do farmacêutico na gestão hospitalar, contribuindo para a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes atendidos.

Os resultados alcançados pelo Hospital Metropolitano evidenciam que a presença de farmacêuticos clínicos é essencial para garantir o uso racional, seguro e eficiente dos recursos em saúde, além de demonstrar a importância de fortalecer a integração desses profissionais nas equipes multiprofissionais do SUS.

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