Farmacêutica relata experiências em campanhas de vacinação para crianças em Minas Gerais

Patrícia Almeida de Andrade Rodrigues concluiu o curso "Serviço de Vacinação para Farmacêuticos" e passou a se dedicar à área da vacinação

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O controle vacinal dos filhos para prevenir doenças passou a ser visto com desconfiança por alguns pais e responsáveis. A disseminação de notícias falsas na internet, não só no Brasil, mas em todo o mundo, seria uma das principais responsáveis por esse fenômeno. Se por muitas décadas a imunização era vista como salvação para a erradicação de muitas doenças - como a paralisia infantil e o sarampo, por exemplo - hoje há quem questione a sua validade. E o resultado disso é a queda da cobertura vacinal.

A farmacêutica Patrícia Almeida de Andrade Rodrigues, pós-graduada em farmacologia pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG), com 20 anos de atuação no serviço público, sendo 8 anos como responsável pela logística de medicamentos retrovirais em Minas Gerais, faz o alerta sobre o perigo da disseminação de notícias falsas sobre a vacinação. Patrícia, recentemente, participou do curso Serviço de Vacinação para Farmacêuticos promovido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e trabalha na área de vacinação nas prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem, em Minas Gerais.

“Desde o início da vacinação contra a Covid-19, tenho participado das campanhas realizadas nas unidades básicas de saúde onde atuo, e quando surgiu a oportunidade de realizar o curso disponibilizado pelo CFF de habilitação de farmacêuticos em serviço de vacinação achei extremamente oportuno para aprimorar os meus conhecimentos, uma vez que estamos em meio a uma pandemia. Neste cenário, a atuação do farmacêutico como profissional da saúde é fundamental, não só para contribuir nas campanhas contra a Covid-19, mas também para realizar a educação em saúde, podendo assim aumentar as coberturas vacinais de outras doenças imunopreveníveis”, destacou Patrícia.

A farmacêutica contou que sempre teve interesse pelo serviço de vacinação e que, nas unidades vacinais do Sistema Único de Saúde (SUS), não é comum a participação dos farmacêuticos. Profissional que, na avaliação dela, deveria estar mais presente. “O respaldo legal deu oportunidade ao farmacêutico pra atuar como vacinador e educador em saúde contribuindo de fato na prevenção de doenças. O farmacêutico é o profissional que conhece o medicamento, além disso ele está acessível à população para influenciar opinião, identificar demandas vacinais, conscientizar as pessoas da importância da vacinação para a proteção da saúde”, frisou.

Patrícia cita como exemplo de sucesso das campanhas de vacinação a iniciativa realizada contra a Covid-19 em Contagem no dia 12 de fevereiro. O trabalho teve como público alvo a faixa etária entre 5 e 11 anos. Para atrair mais de 2 mil crianças foram convidados trabalhadores da saúde e personagens como Homem-Aranha, o Incrível Huck e a Mulher-Maravilha. “Ações como essas aumentam a confiança da criança e o interesse na imunização”, alerta a farmacêutica.

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