Farmacêutico cearense recebe selo prata de boas práticas contra a sífilis, do Ministério da Saúde
A certificação é conferida, pelo MS, às localidades que alcançaram indicadores próximos da eliminação da transmissão da doença
O farmacêutico Francisco Adriano Pereira Saraiva, coordenador da Assistência Farmacêutica de Iguatu (CE) e integrante do Comitê de Erradicação da Transmissão Vertical da Sífilis do município, recebeu um selo de boas práticas para a eliminação da transmissão vertical da sífilis (da mãe para filho). O ato solene aconteceu na sede do Tribunal de Contas da União, no último dia 8 de dezembro, em Brasília. Iguatu foi o único município brasileiro a conquistar a certificação “Selo Prata Sífilis”.
Dentre 73 municípios brasileiros contemplados em 2023, 45 receberam algum tipo de certificação para o HIV; Castanhal (PA) e Santo André (SP) receberam o Selo Bronze Sífilis e Iguatu (CE), o Selo Prata Sífilis; enquanto 25 municípios receberam certificado ou selo duplo para HIV e sífilis.
O conselheiro federal de Farmácia pelo Ceará, Egberto Feitosa, e a Diretoria do regional (CRF-CE) parabenizaram o farmacêutico pela excelência do trabalho realizado em Iguatu. “Nós ficamos sempre muito contentes e cheios de orgulho quando testemunhamos a dedicação de um colega ao conquistar um reconhecimento dessa magnitude. Todo mérito ao Dr. Francisco Adriano e à equipe multiprofissional que realiza esse belo trabalho pela contenção da sífilis congênita em nosso Estado”, disse Egberto.
Durante a cerimônia, a ministra da Saúde, Nísia Trindade ressaltou que todas as regiões brasileiras estão representadas pelas localidades certificadas. “Esse ato representa o gesto das equipes de cada estado, de cada município. Assim vemos o quanto a saúde só se faz com trabalho coletivo (...) Com a entrega desses selos, damos um passo fundamental para a eliminação da transmissão vertical dessas doenças em todo o país”, afirmou a ministra.
Francisco Saraiva explica que há dois anos o município vem colocando a pauta da sífilis na agenda prioritária da saúde, promovendo ações, trazendo estratégias e realizando o monitoramento. Todo esse trabalho resultou na melhora dos indicadores de sífilis congênita, o que possibilitou a conquista dessa honraria. “No mês de outubro, o município recebeu uma comissão de avaliadores do Ministério da Saúde, à qual visitou os equipamentos, conferiu as estratégias implementadas e concedeu o título ao município”, relatou o farmacêutico.
Para esse trabalho, estão envolvidos diretamente os profissionais que compõem o Comitê de Erradicação da Transmissão Vertical da Sífilis, profissionais da Atenção Básica, Vigilância Epidemiológica, Assistência Farmacêutica, SAE/CTA e Maternidade.