Farmacêutica explica como amplia procura pelo consultório farmacêutico
A estratégia vai além das redes sociais e inclui visitas presenciais a academias e grupos de idosos para levar informações sobre o seu trabalho
Com a aprovação da Resolução CFF do nº 720/2022, que dispõe sobre o registro de clínicas e de consultórios farmacêuticos nos Conselhos Regionais de Farmácia, farmacêuticos ganharam a liberdade de montar o seu próprio consultório, de forma autônoma ou dentro de outro estabelecimento de saúde como farmácias e clínicas multiprofissionais. Pouco tempo após a publicação da norma, algumas experiências já estão em andamento pelo país a fora e com resultados animadores. É o caso da farmacêutica Francyne Prates, da cidade de Cordélia, no Paraná, que decidiu se desligar da CLT e montar seu próprio consultório numa clínica de fisioterapia. Ela adotou algumas estratégias para atrair seus pacientes e dá dicas para os colegas que queiram seguir esse caminho.
Para além das redes sociais, Francyne vai ao encontro dos potenciais pacientes de forma presencial. “É um consultório autônomo, numa cidade pequena, do interior. Então, o paradigma a ser quebrado é um pouco mais complexo. Mas a técnica que eu tenho utilizado é bater nas portas. Eu acho que esse é o método mais eficaz. Uso redes sociais? Uso redes sociais que me conectam com meus pacientes, mas eu demonstro o meu trabalho procurando os nichos, batendo na porta realmente e dizendo o que eu faço”, explicou.
O consultório farmacêutico é definido na resolução como o local no qual o farmacêutico promove a assistência farmacêutica e demais atividades privativas e afins da profissão. Francine, que trabalha com protocolo de emagrecimento e de ganho de massa magra, vai em busca de seus pacientes nas academias de ginástica e musculação. “Eu bato na academia, converso com o dono da academia, converso com o personal, mostro o que eu posso fazer e ali eu prospecto os meus pacientes. Quem precisa do meu serviço”, afirmou.
A especialista reconhece que esse não é um processo rápido, mas diz que a adesão tem sido muito boa. “Não é você abrir uma porta e a sua agenda vai estar lotada. É um processo que demanda bastante trabalho. Primeiro, você precisa conhecer com o que você vai trabalhar. Você tem que ter o conhecimento técnico, o embasamento. E depois, também, a credibilidade, construir a sua autoridade, mostrar o resultado do seu trabalho e isso acaba atraindo mais pacientes”, detalha Francyne.
Para diversificar seus serviços e levar mais qualidade de vida aos seus pacientes, a farmacêutica também aplica seus conhecimentos em Reiki e faz acompanhamento farmacológico de idosos. “Eu tenho um carinho muito especial pelo idoso. Eu adoro trabalhar com idoso. Então eu tenho todo um trabalho de revisão de farmacoterapia, de acompanhamento para idosos. E eu consigo isso como? Através de grupos de idosos onde eu vou voluntariamente e falo do meu trabalho. Levo alguma informação, alguma coisa que possa melhorar o dia a dia deles de forma gratuita. E no final disso, alguns sempre me procuram para ter um acompanhamento mais personalizado, individual. E eu consigo fazer isso através desse boa a boca, desse ir de porta em porta”, relatou a farmacêutica.