Grupo de Trabalho LGBTQIA+ do CFF prepara ações para 2023

As atividades incluem ampliar a discussão sobre o cuidado a essa população e capacitar farmacêuticos para o atendimento às pessoas LGBTQIA+

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O cuidado farmacêutico à população LGBTQIA+ é uma preocupação do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Por isso, a entidade criou, no início de 2022, o GT sobre Cuidado Farmacêutico à População LGBTQIA+ e outras populações vulneráveis. A ideia é institucionalizar a discussão sobre o cuidado a essa população dentro do sistema Conselho Federal e regionais de Farmácia (CFF/CRFs) e criar meios de instrumentalizar os farmacêuticos para o atendimento a essa população.

A farmacêutica clínica baiana Maria Fernanda Barros, integrante do GT, explicou como se dão as atividades do grupo. “Na verdade, é uma rede de afeto. A gente começa reunindo pessoas que já pesquisam essa questão e, também, profissionais que trabalham dentro do sistema de conselhos. Além de reunir com conselheiros, por exemplo, a Elaine Baptista está como conselheira federal suplente por Minas Gerais. Então, a partir dessa mobilização, dessas pessoas, numa rede de cooperação, de trabalho, de afeto, a gente consegue começar a trazer outras pessoas para poder entender a necessidade dessa discussão”. 

Uma das produções do GT, que se encontra em fase de desenvolvimento, será um curso sobre o cuidado farmacêutico à população LGBTQIA+. “Nós estamos trabalhando no desenvolvimento de um curso que tem essa temática, de mesmo nome do Grupo de Trabalho, e a gente está desenvolvendo, construindo esse curso para que outros farmacêuticos possam ter essa expertise e se sensibilizar com essa temática, para que a gente possa desenvolver e começar a atender a comunidade LGBTQIA+ dentro dos nossos espaços de trabalho”, adiantou Maria Fernanda.

O GT também estuda estratégias para fortalecer as ações do grupo e expandir a ideia entre profissionais farmacêuticos e servidores das autarquias públicas que regulam e fiscalizam as atividades de todos os farmacêuticos brasileiros. “Além disso, a gente tem interesse também de criar grupos de trabalho nos regionais de Farmácia e capacitar os funcionários dessas autarquias porque a gente sabe que ainda estamos há pequenos passos com essa questão”, afirmou a farmacêutica.

O grupo é coordenado pela farmacêutica travesti Alícia Krüger, que comandará a recém-criada Assessoria de Políticas de Inclusão, Diversidade e Equidade em Saúde do Ministério da Saúde. Ela é epidemiologista, sanitarista, com especialização em gestão de políticas com foco em tuberculose, ISTs, Aids, hepatites virais e saúde LGBTQIAP+. Também integram o grupo, Thais Rolla de Caux, Elaine Baptista, Naila Neves de Jesus, Mariana Martins Gonzaga do Nascimento, Winny Scarpari, Anne Karoline Borges Silva e Laura Maria dos Santos Nascimento.