CFF emite nota técnica sobre o transporte e entrega de medicamentos às unidades assistenciais de saú
O conselho recomenda que essas tarefas sejam feitas sob a supervisão dos farmacêuticos. A nota técnica estará disponível no Sistema Eletrônico de Informações (SEI)

Nesta quarta-feira, 17/12, durante a sua 550ª Reunião Plenária, o Plenário do Conselho Federal de Farmácia aprovou Nota Técnica reiterando que não cabe ao farmacêutico transportar e entregar medicamentos e outros produtos para a saúde para os setores nas unidades assistenciais de saúde. De acordo com o documento, que foi elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Farmácia Hospitalar e Oncológica, e reeditado agora, com base na Resolução/CFF nº 730/2022 e no Ciclo da Assistência Farmacêutica, a distribuição, que inclui o transporte e a entrega nos setores, deve ser feita, obrigatoriamente, sob a coordenação técnica do farmacêutico. A nota esta disponível aqui.
“Essa discussão foi trazida ao plenário pela conselheira federal de Farmácia do Distrito Federal, Gilcilene El Chaer, em função do clamor dos colegas que estão sobrecarregados com a entrega de medicamentos e outros produtos para a saúde nos hospitais e demais unidades de saúde. Entendemos que é necessário deixar claro quais as nossas atribuições, para que possamos nos dedicar com maior tranquilidade às tarefas que não podemos delegar”, disse o presidente do CFF, Walter Jorge João, ressaltando a valorização do farmacêutico hospitalar. O presidente destaca que, em situações específicas, os farmacêuticos podem colaborar na entrega, desde que o dimensionamento esteja adequado e essa atividade não comprometa as atribuições privativas.
O presidente do CFF alerta que a distribuição é ato indelegável dos farmacêuticos. “A presença do farmacêutico na farmácia hospitalar é imprescindível. Cabe a cada unidade assistencial de saúde elaborar fluxos e providenciar colaboradores para, sob a supervisão do farmacêutico, proceder o deslocamento de fármacos e outros produtos para os setores, observando sempre a segurança no cuidado ao paciente, e a qualidade no ciclo da assistência farmacêutica, bem como as prerrogativas de todos os profissionais da saúde.” Primeiro farmacêutico clínico do Brasil, o professor Tarcísio Palhano, participou da elaboração da Nota Técnica, juntamente com o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Marcelo Polacow, e a coordenadora do GT, Greyzel Benke.