CFF passa a integrar comissão de conselhos que acompanhará as formações profissionais
Convite oficial foi realizado pelo Conselho Federal de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Nesta terça-feira (18/4), o Conselho Federal de Farmácia (CFF), representado pela sua vice-presidente, Lenira da Silva Costa, pelo conselheiro federal pelo Amapá, Carlos André Sena, e pelo assessor parlamentar, Lucas de Sá, esteve reunido com outros conselhos de classe para alinhar a criação de uma Comissão Especial de Acompanhamento das Profissões de Ensino Superior Regulamentadas. A iniciativa foi do Conselho Federal da OAB, que sediou o encontro em Brasília (DF).
Entre os objetivos da coalizão de conselhos de classe está o monitoramento, visando a tomada de ações políticas, das formações profissionais, com ênfase para a proliferação de faculdades que ofertam cursos na modalidade de ensino à distância (EAD).
“Diferentemente do que se propaga, o ensino à distância não garante o amplo acesso à educação – pelo contrário. Aqueles que não teriam acesso às universidades mais qualificadas em razão do valor, acabam buscando o diploma nessas instituições que, embora tenham a mensalidade mais acessível, não formam o profissional que o mercado vai absorver”, pontuou a secretária-geral da OAB, Sayury Otoni.
A qualidade dos cursos universitários é uma aflição compartilhada pelos conselhos de classe. Assim, de acordo com a representante do CFF, Lenira da Silva Costa, “é necessário um debate técnico, que traga luz e elenque soluções ao descontrole de vagas lançadas todos os semestres”.
“A falta de critérios mínimos na concepção de muitos cursos em nível superior, e o desejo meramente mercadológico de reduzir despesas, criou essa ousadia indiscriminada de transformar em EAD, inclusive disciplinas e formações cuja atuação presencial é essencial e o contato com pessoas a razão de ser”.
Na ocasião, se fizeram presentes e aceitaram o convite da OAB para formação da comissão especial os conselhos federais de Farmácia, Odontologia, Medicina, Biologia, Nutrição, Psicologia, Engenharia e Agronomia, Biblioteconomia, Química, Economia, Fonoaudiologia e Medicina Veterinária. Agora, o grupo irá conclamar outros conselhos a integrarem essa força-tarefa política pelo aprimoramento e combate à precarização na formação das profissões regulamentadas.