II CBCF terá curso e mesa redonda sobre Medicina Chinesa

A diferença entre as fórmulas fitoterápicas ocidentais e as fórmulas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), são assuntos que vão ser apresentados no II Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas.

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A diferença entre as fórmulas fitoterápicas ocidentais e as fórmulas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), bem como a regulamentação e os acordos realizados para viabilizar essa prática oriental, no Brasil, são assuntos que vão ser apresentados no II Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas. O evento será realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, de 10 a 12 de novembro. As atividades relacionadas com a temática estão previstas para o primeiro dia (10/11), com minicurso, às 8h, e uma mesa redonda, às 16h30.

O minicurso “Medicina Tradicional Chinesa: tendências em formulações magistrais” será ministrado pelo farmacêutico Paulo Varanda, coordenador do Grupo de Trabalho de Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura do Conselho Federal de Farmácia (CFF). O especialista explica que essa será uma oportunidade para os participantes conhecerem a correta farmacotécnica da MTC que é baseada no cozimento de insumos que reagem entre si e formam uma identidade química. Varanda esclarece que a farmacotécnica ocidental utiliza extratos secos de ervas nas formulações sem levar em conta essa especificidade.

“Então a intenção é passar como é feito esse processo farmacotécnico industrial, mostrar a diferença entre a fitoterapia ocidental e a Medicina Chinesa, o que é completamente diferente. As fórmulas da Medicina Chinesa não são fitoterápicas e sim produtos específicos, seguindo a legislação vigente, que é a farmacotécnica correta descrita da RDC 21 da Anvisa de 2014, que regulamenta os produtos da Medicina Tradicional Chinesa”, explica Varanda.

Quem quiser se aprofundar ainda mais no assunto vai poder acompanhar no período da tarde, às 16h30, a mesa redonda “Aspectos regulatórios em Medicina Tradicional Chinesa e em outras práticas integrativas em saúde”. Além de Paulo Varanda, representando o CFF, o debate vai contar com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde (MS).

Paulo Varanda foi coordenador do grupo de 50 farmacêuticos que participaram de um curso gratuito na China. A formação fez parte de um uma cooperação envolvendo o conselho e os Ministério da Saúde e agências sanitárias brasileira e chinesa. A discussão vai tratar da regulamentação dessa prática no País para a atuação do farmacêutico, sobre os desdobramentos de acordos entre Brasil e China, nesta área, e sobre a atuação do Conselho Federal de Farmácia nesse aspecto.

“Nós vamos afirmar tudo que já foi feito neste sentido, como o memorando de entendimento que existe do governo chinês com o governo brasileiro no que tange a Medicina Chinesa e como o farmacêutico atua e está participando nesse sentido. É muito importante isso tanto no aspecto clínico como no aspecto da farmácia tradicional mesmo”, adiantou o palestrante.

Para se inscrever e conhecer a programação do II CBCF acesse: congressobrasileiro.org.br