CFF lança guias sobre o farmacêutico nas equipes e-Multi e o registro das atividades clínicas no SUS
Materiais foram elaborados pelo Grupo de Trabalho sobre Saúde Pública e trazem orientações aplicáveis ao dia-a-dia profissional

O Grupo de Trabalho sobre Saúde Pública do Conselho Federal de Farmácia (CFF) lançou, nesta quinta-feira (21.08), um guia com orientações práticas sobre os principais serviços farmacêuticos ofertados pelas equipes multiprofissionais (eMulti) organizados por linhas de cuidado e outro contendo o passo a passo de como realizar o registro das atividades clínicas no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho, Lorena Baía, a primeira publicação tem como base evidências científicas que reforçam a importância do farmacêutico na Atenção Primária à Saúde (APS). “Mais do que defender que o farmacêutico esteja presente, já que temos isso previsto em legislação, é necessário mostrar para o gestor o quanto esse profissional pode fazer a diferença na vida dos pacientes e na economia de recursos públicos também ao compor as equipes", afirma a especialista.
Lorena reforça, ainda, que farmacêutico está ao lado do paciente no cuidado direto, ajuda no uso dos medicamentos de forma correta e segura e tem papel importante no acompanhamento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, asma e anticoagulação. Além disso, contribui para que os pacientes sigam corretamente seus tratamentos, evitando complicações.
Materiais foram lançados pelo GT sobre Saúde Pública na 558ª Reunião Plenária, em Brasília
Já com o guia de como realizar o registro das atividades clínicas no SUS, o GT Sobre Saúde Pública tem o objetivo de incentivar os farmacêuticos a documentarem suas ações. O livro apresenta um passo a passo simplificado dos códigos utilizados no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP) e orienta como fazer esse registro no dia-a-dia. “É importante lembrar que sem estar cadastrado no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e sem registrar suas atividades, o farmacêutico não aparece oficialmente para o sistema de saúde. Ou seja, é como se ele não existisse para o SUS”, reforça Lorena Baía.
A conselheira federal de Farmácia pelo estado do Acre, Isabela Sobrinho, que também integra o Grupo de Trabalho sobre Saúde Pública, afirma que as publicações representam um ganho muito grande para os farmacêuticos que ingressam na atenção primária. “A entrada na atenção primária pode ser desafiadora para alguns colegas. Muitas vezes, eles não sabem como se comportar e, geralmente, vão para a dispensação. Esse manual de atuação é um norte até para eles saberem se estão cadastrados no CNES, qual é o tipo da sua farmácia etc. Enfim, chegam muitas dúvidas sobre isso e o Grupo de Trabalho elaborou este material no intuito de esclarecê-las e orientá-los da melhor maneira", pontuou a conselheira.
Acesse:
• A atuação do farmacêutico nas equipes multiprofissionais na atenção primária à saúde (eMult) do Brasil;
• Registro das atividades clínicas do farmacêutico no SUS.