Você sabia que o fundador da cidade de Blumenau, em Santa Catarina, foi um farmacêutico?

CFF fará moção de aplausos para Hermann Bruno Otto Blumenau, in memoriam

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Um fato histórico relacionado à profissão foi levantado, nesta quinta-feira (22.08), durante a reunião plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Você sabia que o fundador da cidade de Blumenau, em Santa Catarina, era farmacêutico? Foi isso que o conselheiro federal de Farmácia suplente pelo estado de Santa Catarina, Cláudio Guimarães, apresentou aos colegas de plenário. O objetivo foi solicitar ao CFF uma moção de aplausos, em homenagem à Hermann Bruno Otto Blumenau. 

Sendo químico e farmacêutico, Hermann chegou ao Brasil em 1846. O pioneiro veio com planos de fundar um núcleo colonial e percorreu alguns locais como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que lhe pareciam interessantes para este fim. Em 1848, conseguiu comprar um lote na província de Santa Catarina e recebeu do governo outra extensão de terras, que faziam divisa com o seu lote. Hermann trabalhou no planejamento, implantação, administração e direção da colônia que se tornou a cidade de Blumenau. 

“Hermann Blumenau, fundador da cidade de Blumenau, trouxe 14 imigrantes alemães que iniciaram a fundação da cidade que levou o seu nome por volta de em 1850. Ele era farmacêutico e químico e, provavelmente, são poucos os municípios brasileiros que tenham como fundador um farmacêutico. Acredito que a homenagem é válida pois poucas pessoas, inclusive os colegas do Vale do Itajaí, devem conhecer a história desse importantíssimo farmacêutico para o nosso município”, destacou Cláudio Guimarães. A moção também parabeniza o município que, no dia 2 de setembro, faz 174 anos. 

Com o sócio Ferdinand Hackradt, Hermann Blumenau esteve à frente da direção da colônia até 1882. Após o fim da sociedade, passou a dirigir sozinho o núcleo, que precisava de apoio do governo para ser viabilizada. Este apoio era fornecido na forma de empréstimos, que geravam a necessidade de prestação de contas ao governo. Assim, mesmo quando estava à frente da colônia que era sua propriedade, Blumenau mantinha uma estreita relação com o poder público provincial e imperial. Esta relação se aprofundou quando, em 1860, em razão das dificuldades econômicas, a colônia foi encampada pelo governo imperial e o antigo proprietário tornou-se o diretor do núcleo.