Presente e futuro da farmácia comunitária são debatidos por representantes de países da FIP no CFF

Evento reuniu e especialistas e promoveu troca de experiências nesta quinta-feira, em Brasília

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Nesta quinta-feira (24.04), representantes da cúpula mundial da profissão farmacêutica estiveram reunidos, em Brasília, para compartilhar experiências e discutir o futuro do segmento da farmácia comunitária durante o Segundo Latin America Summit da Community Pharmacy Section (CPS) da International Pharmaceutical Federation (Federação Internacional Farmacêutica - FIP).  


O evento foi realizado na sede do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e contou com a presença dos diretores da instituição, conselheiros federais de Farmácia, presidentes e integrantes de conselhos regionais de Farmácia, pesquisadores da área, no Brasil e no mundo, além de receber convidados internacionais como os vice-presidentes da FIP, Lars-Åke Söderlund (Suécia) e Virginia Olmos (Uruguay), do presidente da Seção de Farmácia Comunitária da FIP, Sherif Gourgui (Canadá) e da vice-presidente da mesma seção, a professora Sarah Dineen-Griffin (Austrália).


O presidente do CFF e anfitrião, Walter Jorge João, citou as conquistas alcançadas pela categoria no Brasil nos últimos anos, principalmente com a aprovação da Lei n° 13.021/2014, que torna obrigatória a presença do farmacêutico nas farmácias durante todo o horário de funcionamento e define esses estabelecimentos como unidades de prestação de assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. 


"Ampliamos as áreas de atuação profissional de duas para dez e, atualmente, o farmacêutico tem mais de 140 especializações disponíveis para escolher onde trabalhar. Então, a empregabilidade é muito boa no País. Somos quase 400 mil farmacêuticos e estamos presentes em diversos setores, oferecendo serviços de qualidade e contribuindo para a melhoria de vida da população", discursou Walter Jorge João em palestra sobre o cenário da Farmácia no país. 


O vice-presidente da FIP, Lars-Åke Söderlund, pontuou que a instituição internacional desempenha um papel central para promover inovação, apoiar os valores da ciência, da ética e do desenvolvimento profissional em todo o mundo. "Como membros da FIP, avançamos em nossa profissão e ajudamos a construir sistemas de saúde mais sustentáveis e inclusivos". O dirigente também reafirmou que os objetivos da Federação estão alinhados aos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ele, essas diretrizes guiam o trabalho do farmacêutico na melhoria do acesso a medicamentos e na sustentabilidade ambiental. 


Na ótica de Sherif Gourgui, a projeção que o farmacêutico ganhou no período da pandemia de Covid-19 foi fundamental para o crescimento profissional. "Enquanto outros serviços de saúde se encontravam com acesso restrito, as farmácias estavam de portas abertas, realizando testes e orientando os pacientes. Dessa forma, os serviços oferecidos ganharam reconhecimento da sociedade e se tornaram, definitivamente, indispensáveis para a população", defendeu.  


O evento recebeu, ainda, os palestrantes:

Leticia Caligaris e Virginia Olmos, ambas da FIP, representando o Uruguai;
Jauri Siqueira (Brasil), chefe de serviços de saúde da ClínicaRx;
Wallace Botacin (Brasil), farmacêutico especialista em análise e desenvolvimento de sistemas e mestre em Ciências Farmacêuticas com ênfase em Farmácia Clínica;
Eve Goldy Rivero (Bolívia), presidente da Sociedade Boliviana de Ciências Farmacêuticas (Sobocifar);
Rinaldo Ferreira (Brasil), pelo Conselho Federal de Farmácia;
Elena Garcia (Paraguai), presidente da Associação de Químicos Farmacêuticos do Paraguai (AQUIMFARP); 
Ricardo Pesenti (Argentina), presidente da Confederação Farmacêutica Argentina (COFA);
Jorge Cienfuegos (Chile), presidente do Colégio de Químicos Farmacêuticos e Bioquímicos do Chile (CQFyBC); 
Jorge Schlottke (Argentina), membro da CPS/FIP;
Magaly Bittner (USA), presidente do Foro Farmacêutico de las Américas/FIP.


Moderadores:

Gustavo Pires, diretor secretário-geral do CFF e vice-presidente da AFPLP;
Glaucia Costa de Moraes, chefe de gabinete do Conselho Federal de Farmácia ;
Elena María Vega (Chile), vice-decana da Faculdade de Ciências Químicas da Universidade Nacional de Assunção;
Maurício Huberman (Chile), Federación Farmacéutica Sudamericana (FEFAS);
Sarah Dineen-Griffin (Austrália), membro da CPS/FIP;
Jorge Schlottke (Argentina), membro da CPS/FIP;
Maria de Fátima Cardoso Aragão, conselheira federal de Farmácia pelo estado de Sergipe e coordenadora do curso Dispensar.