Conselho ajusta sistemas para permitir nome social na identidade profissional
Medida reconhece o direito das pessoas travestis e transexuais ao reconhecimento de sua identidade de gênero
Mais um passo foi dado nesta reunião plenária rumo ao CFF inclusivo! O Conselho Federal de Farmácia (CFF) está ajustando o formulário utilizado na emissão das Cédula de Identidade Profissional do farmacêutico e do não-farmacêutico para que os documentos tragam o nome social dos profissionais conforme estabelecido em legislação federal e na regulamentação do próprio conselho. Foi o que informou nesta sexta-feira, 25/03, durante a 51ª Reunião Plenária, em Brasília. A medida assegura o direito de pessoas travestis e transexuais ao reconhecimento da sua identidade de gênero.
O CFF tem buscado acelerar o processo de inclusão dentro do âmbito do Sistema e fora dele. O conselho acaba de articular com o Ministério da Saúde a inclusão dos farmacêuticos do Sistema Único de Saúde (SUS) no rol de prescritores da Profilaxia Pré e Pós-Exposição ao HIV. Os profissionais agora também têm autonomia para solicitar exames necessários, seguindo o que é preconizado no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT).
Além disso, por solicitação do presidente da entidade, Walter da Silva Jorge João, um Grupo de Trabalho se reunirá já a partir da próxima semana para elaborar o projeto pedagógico de um curso voltado à capacitação dos farmacêuticos para o cuidado à saúde das pessoas trans. Um dos objetivos é a orientação farmacêutica quanto ao uso da hormonioterapia, visto que há uma grande incidência de automedicação com esses fármacos nessa população.