I Fórum Nacional da Assistência Farmacêutica na Saúde Indígena é encerrado com sucesso em Brasília

O fórum focou na elaboração de propostas e soluções concretas para melhorar significativamente a assistência à saúde das comunidades indígenas do país

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O I Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica na Saúde Indígena, realizado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em Brasília nos dias 26 e 27 de junho, foi encerrado com sucesso. Em seu pronunciamento na solenidade de encerramento do evento, o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João, expressou sua satisfação pelo debate frutífero e enalteceu o trabalho dos farmacêuticos participantes, porém avaliou que é preciso avançar.

“Percebi, durante as apresentações que acompanhei nestes dois dias, a necessidade premente de maior envolvimento dos farmacêuticos da saúde indígena no cuidado direto à saúde, indo além do medicamento, das responsabilidades logísticas e de dispensação”, comentou. Nesse sentido, o presidente assumiu o compromisso de que o CFF buscará meios de incentivar a prática clínica entre os farmacêuticos que atuam na área, visando aprimorar o atendimento e a qualidade dos serviços prestados às comunidades indígenas.

A limitação do efetivo de farmacêuticos no Subsistema da Saúde Indígena foi novamente ressaltada. “Vamos estreitar laços com autoridades, especialmente com a Sesai. E quero lembrar que hoje integramos o Conselho Consultivo da Frente Parlamentar Mista da Saúde e vamos conclamar os parlamentares para resolver este grave problema, para que possamos promover políticas que garantam uma cobertura adequada e contínua de profissionais qualificados nas regiões mais remotas e vulneráveis do país”, salientou.

Walter Jorge João recebeu um cocar como presente, em reconhecimento à sua liderança e apoio às questões de saúde indígena. “Esse cocar é um símbolo dos povos indígenas, e nós queremos lhe presentar com ele. Que ele traga para você muitas bençãos. Em nome de todos os farmacêuticos da saúde indígena, muito obrigada”, disse Artemizia da Silva Araújo  Nukini, do DSEI Alto Rio Juruá SESAI/MS. “Fico muito feliz, e recebo com muito carinho”, respondeu o presidente.

O fórum focou na elaboração de propostas e soluções concretas para melhorar significativamente a assistência à saúde das comunidades indígenas do país. A iniciativa culminou na redação da Carta de Brasília, um documento que será submetido às autoridades competentes com o intuito de sensibilizá-las e pressioná-las pela implementação de políticas eficazes e sustentáveis de saúde indígena.