CFF quer promover intercâmbio para que os chineses se aprofundem em plantas das Farmácias Vivas

Na Embaixada da China no Brasil, representantes do Grupo de Trabalho sobre a MTC e Acupuntura trataram acordos e parcerias bilaterais

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Integrantes do Grupo de Trabalho sobre Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e Acupuntura do Conselho Federal de Farmácia (CFF) se reuniram nesta segunda-feira (30.10) com dois adidos chineses, que representaram a ministra conselheira da Embaixada da China no Brasil, para tratar acordos e parcerias bilaterais nas áreas científicas, culturais e educacionais que podem promover o aperfeiçoamento de práticas envolvendo farmacêuticos na melhoria da saúde das pessoas em ambos os países. 

O coordenador do GT, Paulo Varanda, acompanhado de Daniel César Nunes Cardoso, que também trabalha na Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços foram recebidos para obter mais informações sobre sugestões apresentadas à ministra da embaixada chinesa anteriormente. Uma delas, seria sobre a formação de turmas de farmacêuticos para intercâmbios entre os dois países. "Aproveitamos que o Daniel Nunes está como Chefe de Divisão de Patrimônio Genético dessa secretaria que, de certa forma, está ligada a plantas medicinais, para propor que alguns cientistas chineses venham conhecer melhor e estudar nossa biodiversidade encontrada nas farmácias vivas", explicou o coordenado do GT. 

Segundo Paulo Varanda, a ideia foi vista com bons olhos pelo governo chinês e o trabalho do CFF é desenvolver ainda mais a área da Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura no Brasil para que os farmacêuticos possam atuar de forma plena. "Esta gestão que comanda o CFF tem nos ajudado muito a promover as atividades que inserem os farmacêuticos nas práticas da MTC. Estamos ativos praticamente sozinhos em negociações e conversas com a embaixada chinesa e, cada vez mais, temos conseguido garantir o nosso espaço", reafirma.  

Outra proposta do CFF é que seja feita a concessão da Farmacopeia chinesa ao Brasil, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de cerimônia oficial, que poderá ser realizada no CFF. 

Medicina Tradicional chinesa

Desde a década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva os países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) a implementarem políticas públicas para uso racional e integrado do recurso terapêutico chinês nos sistemas nacionais de atenção à saúde. No Brasil, as praticas da MTC ganharam mais força ao entrar para a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), em 2006.

Apesar de a acupuntura ser a mais conhecida do escopo de métodos da MTC, há também a fitoterapia chinesa, tuina ou tui ná, dietoterapia, auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia e Práticas corporais — exercícios integrados com respiração, circulação de energia e meditação, como Chi Kung, o Tai Chi Chuan e outras artes marciais.